O comércio de antigamente
De uns anos pra cá, como não podia ser diferente, o comércio em geral, mais especificamente o de cereais - as bodegas - mudou drasticamente.
Os produtos nas prateleiras sofreram uma mudança fenomenal. O açúcar branco tomou o lugar do açúcar preto (mascavo); a rapadura deixou de ser uma das vitrines de uma bodega; o café em grãos perdeu para o moído; o pacote de vitamilho surgiu quando o moinho desapareceu porque as pessoas não mais o utilizavam; apareceu o danone; o macarrão também aumentou a venda; o fumo em rolo desapareceu completamente por aqui. Só o empacotado ainda resiste; chegou também com toda força, o cigarro desfiado (o cigarro com filtro); o sabão passou a ser vendido em barras inteiras - antes era também vendido em pedaços.
A lista é enorme. Cada item descrito acima dá para uma postagem grande. Voltarei ao assunto.
Antes de concluir o texto, ainda farei dois comentários. O primeiro é ainda sobre a rapadura. A rapadura que consumíamos era a do B. Um grande B escrito no meio da rapadura era sinônimo de rapadura boa.
Chegávamos a comprar uma banda de rapadura e até um quarto.
Outro fato relacionado ao comércio de antigamente é que a gente ficava do lado de fora do balcão e pedíamos o que queríamos comprar. O comerciante trazia os produtos de um em um.
Hoje a gente entra, escolhe, amassa, bota na sacola (coisa que não existia também) e depois faz acompanha a conta feita pelo dono do estabelecimento.
Noutras postagens recordarei as compras que eu fazia, ainda menino, na bodega de Cerlau, mais precisamente com Seu Manel Santana.
Quem se lembra disso?
2 comentários:
Amigo: Também se vendia perfume em "retalho". O dono da budega colocava a quantidade de uma tampa do perfume e vendia. Vi muitas vezes na bodega de Antonio Jeronimo.
Ei Xavier, quando foi isso?
não me lembro...
kkkkk
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