domingo, 18 de março de 2012

CALADO

Diz-se que um filósofo, ao sentar-se na cadeira do cabeleireiro, este pergunta:

- Como devo tirar o seu cabelo?

- Calado!

Terminou a pequena anedota, mas ainda vou comentá-la. Não porque tenha sido mal contada, mas porque o fato narrado acima só não ocorre comigo porque não tenho coragem de dizer o mesmo que o filósfo disse com o barbeiro. 

Às vezes dá uma grande vontade de dizer ao cortador do meu cabelo que fique calado, que corte o cabelo calado. 

Teve um deles que eu até deixei de ir lá porque o cara perguntava demais:

- Você frequenta a igreja? Por que deixou? Cadê seu pai? Sua mãe morreu? Quantos anos tem? Quanto ganha? Cadê aquele seu irmão? Você mora aonde? Por que não comprou um carro? Come muito ou pouco? Você tem irmã? É casado? Quantos filhos tem? Sua mulher é filha de quem? Onde mora?

Com tanta pergunta, é melhor mudar mesmo de cabeleirero.

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DEZESSETE

A medição do que falta para a sangria da barragem de Umari continua. Agora faltam dezessete centímetros.  Parece pouco, mas falta muita água...