terça-feira, 1 de maio de 2012

SECA DE SETENTA

Mais uma postagem sobre seca. Desta vez para compartilhar uma expressão que ficou na nossa memória - nós os quase cinquentões e os cinquentões também.

A seca de 1970 foi brabíssima. Foi um ano tão seco que as cacimbas eram cavadas bem fundas. O carro-pipa, que até parece ser moderno, já era utilizado como meio de minimizar os efeitos da estiagem. Lembro-me que no Sítio Lagoa Seca, zona rural das bandas de quem para Açu, os carros-pipa passavam por lá trazendo água boa para a gente beber e cozinhar. 

Há um detalhe que não sei explicar: a procedência da água. Só sei que era uma festa quando chegava o carro, movido a um combustível, sei lá, talvez óleo diesel.

Quanto às cacimbas, não fugiu ainda da minha memória sua fundura. Deixarei para um domingo contar umas histórias de assombração ligadas àquelas cacimbas.

Por hoje, terminarei a postagem dizendo que "seca de setenta" é uma expressão é repetida não somente pelos que viveram aquele tempo, mas pelos descendentes dos mesmos. Usamos aquela expressão quando aparece uma pessoa com uma fome danada, a ponto de ficar comendo com uma gulodice daquelas bem gulosa mesmo. Naquela época, quando aparecia um comerzinho, todo mundo partia pra cima a fim de devorar logo. Daí a expressão.


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