Tenho pra mim que o ser humano é dotado de vocação pra tudo. Há momentos que levo isso a sério por causa de alguns fatos que ocorreram comigo e com outras pessoas.
A vocação ou dom é aquele "djeito" que fala o humorista da Praça é Nossa.
Há gente que que tem um jeito tão ajeitado para cuidar das pessoas velhas e doentes que deixam muita gente de queixo caído.
Outras têm um jeitnho especial para cuidar de crianças que faltam noutras pessoas.
O que é isso senão uma coisa que vem de dentro a que podemos denominar de vocação, dom ou "djeito"?
Contar piada também não ficou pra todo mundo.
Há um contador de piada em Upanema que eu às vezes conto a ele e digo: agora conte a mim para eu rir.
Para findar, vou relatar um pequeno episódio que ocorreu comigo.
Em princípio dos anos 90 fui convidado por um amigo a ir passear em sua cidade, na Paraíba.
Até aquele dia nunca tinha tentado dar um passinho para dançar.
Ao chegar numa danceteria, eu pensei: é hoje que eu danço. Procurei o garçom, pedi uma cerveja. A danada estava quente. Disse: melhor assim. Ingeri a malvada em goles rápidos. Em seguida, fui pro salão dançar. Soltinho, soltinho, como os demais rapazes. O salão estava assim na penumbra, meio escuro, que não dava pra reconhecer direito as pessoas.
Ora, ali perto de mim não havia um conhecido sequer. Era a hora de dançar.
Mas pasmem! Não movi um músculo. Fiquei no salão teso, durão, envergonhado de mim mesmo.
Era o fim sem começo de uma carreira de um dançarino.
Estava explicado: tem que ter jeito mesmo pra coisa.
Até hoje não movo uma perna se tentar dançar. E o melhor da coisa: não lamento de jeito nenhum por isso.
Um comentário:
Não tem jeito não, você tem cada uma ...
E o pior é que eu sou assim também, e tenho um problema a mais que você. Eu sempre digo que tenho duas coisas que nunca aprendi e nem vou aprender, é dançar e nadar.
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