segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

TEMPOS DE ESCOLA


MÚSICA PARA ILUSTRAR

Na a música “Canção da fraternidade”, composição da dupla “Dom e Ravel”, há um trecho bem interessante que fala do livro surrado, só que em outro contexto: (surrado: gasto pelo uso)

“Eu queria ser esse livro surrado
Que ainda pode ser aproveitado”.
Os poetas falam em “livro surrado”, mas aqueles dos tempos idos os quais o programa de distribuição gratuita ainda não existia.
Naquela época os livros eram surrados porque estavam muito velhos, não porque tinham levado uma surra, como hoje.
Os livros surrados daquela época eram doados ou emprestados aos alunos que tinham poucas posses.
E o poeta continua:
“Vejo tantos alunos querendo aprender
Bem que podiam ser ajudados.”
“Bem que podiam ser ajudados.” Naquela época os alunos que queriam aprender, pediam ajuda seja de livros, transporte, ou merenda.

Nos bons tempos da escola não havia merenda, livro didático e transporte escolar. Isso até parece uma ironia.
Os poetas ainda cantam:
“Eu queria ser os cadernos e lápis
Que sobraram dos anos passados
Vejo tantos irmãos
que não podem comprar
E pelo mundo eu seria espalhado.”

Os cadernos e lápis daquele tempo eram bem diferentes dos de hoje, é claro. Não existiam aqueles enfeites, adesivos dos times, atores e cantores preferidos. Não.
Pelo menos no primário, os mais descamisados usavam um caderninho de uma matéria. Feinho que dava gosto. O lápis era muito fraquinho.
O quadro da educaçaõ mudou. Para pior.
Por isso, meus amigos, quando falam em mudança, eu arrepio os cabelos e penso naquele tempo.
E tome mudança!

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CHUVA DE ONTEM

Apenas quatro milímetros.